Literatura

Destino


 

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Moros o deus do destino.

Esta noite sonhei,

Era algo confuso,

Ao certo não sei,

Estava meio difuso.

Via uma criança

Com uma espingarda,

Veio-me à lembrança

Uma foto mal tirada.

Mostrava um menino

Com uma arma na mão

E de sorriso genuíno.

Acordei sobressaltado

Com esta minha visão.

É este o destino traçado?

Francis Ferreira

Literatura

 PARA SEMPRE


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Vejo um sorriso enternecedor,

Que me mostra a beleza do eterno amor!

Ouço uma voz doce a querer cantar,

Já que não existe a preocupação de falhar!

Sinto a inocência pura de quem sabe brincar,

Tudo em seu redor é bom para festejar!

Sabe bem ter estes sentidos,

Fazem relembrar todos os momentos já vividos!

Sem dúvida me levam a crer,

O quanto vale a pena uma pessoa viver!

Mas pergunto-me se todos pensamos assim,

Mesmo sabendo que o tempo passa e tem um fim.

A procura pela resposta vai continuar,

Mas algo de certeza eu sei!

Continuo a sorrir, a cantar e a brincar,

Já que de ser criança nunca me cansei.

A base da resposta descobri eu agora!

Ver, ouvir e sentir como criança, jamais irá embora!

Inês Correia

Literatura

Mestre menino


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Da saudade de intrínseco ser de algo,

Da sede do provérbio de não ter nascido, ainda.

Da vida que, por já ser, é certo que quase finda,

Salva-me, salva-me, mestre.

Tu, meu senhor menino, que, com vontade, te salgo

O pé descalço, o riso, a frescura campestre.

Sabes tanto mais que eu, por saber eu tão demais.

Sabes ao sabor do mundo, queres o céu até cima,

Enfastias do infinito no instante de uma rima.

E eu exaspero e acuso, cá em baixo no sopé,

Ansiando pelas forças ancestrais,

Pela universal verdade do “Quem diz é quem é!”

Já vi bem mais com os diamantes dos teus olhos,

Já ensinei a muitos outros essas asas de papel.

Não sei como, foi sem querer, mas não lhes fui muito fiel,

Cresci. Chega agora de crescer, de só sonhar as coisas belas.

É a hora de ser livre, é o tempo das desfolhas.

É a hora, mestre menino, de voltarmos a dançar com as estrelas.

Miguel de Miguel